domingo, 13 de junho de 2010

AGRADECIMENTOS:







EMERSON, FERNANDA, LUCIANE
E PARTICIPAÇÕES ESPECIAS DE ALGUNS ALUNOS




















OBRIGADO AO PROFESSOR LENADRO... PELAS AULAS DINÂMICAS E MUITO PROVEITOSAS...ADORAMOS SUA METODOLOGIA DE ENSINO E SEU ALTO GRAU DE CONHECIMENTO E AMOR PELA PROFISSÃO.

FIM!


ESPERAMOS QUE TODOS GOSTEM DO RESULTADO FINAL... FOI FEITO COM MUITO CARINHO E RESPEITO. QUE DE UM FORMA OU DE OUTRA FIQUE REGISTRADO AQUI COM IMAGENS, FOTOS E COMENTÁRIOS, QUE A ARTE É COMO FORMA DE EXPRESSÃO E TODOS DE " MÉDICO E LOUCO" TEMOS UM POUCO... ENTÃO VIAJEMOS TODOS JUNTOS PELO MUNDO DAS "ARTES". ..

































...















ALGUMAS IMAGENS INTERESSANTES P FECHAMENTO...

ÚLTIMA AULA E APRESENTAÇÃO FINAL DO BLOG


NA ÚLTIMA AULA FALAREMOS DE UM UMA AULA EXPOSTA, SERÁ "ARTISTAS FAMOSOS" FAREMOS UM BREVE COMENTÁRIO DE ALGUNS PRINCIPAIS ARTISTAS E SUAS OBRAS (SÓ UM PEQUENO COMENTÁRIO OU UMA CURIOSIDADE) PARA QUE EM UMA SALA DE AULA TÃO GRANDE COMO A NOSSA, ONDE MUITOS ALUNOS TEM POUCO CONHECIMENTO DE ARTES OU ARTISTAS FAMOSOS, TENHA ALGO P SE RECORDAR AO VER UMA IMAGEM DE MONALISA, UMA TELA DE MIRÓ, UMA GERNICA OU UM GOYA, ETC. DISTRIBUIREMOS 25 LIVROS DE ARTISTAS FAMOSOS ENTRE A SALA DE AULA, P FICAR MAIS DINÂMICO E AGUÇAR A CURIOSIDADES DE ALGUNS ALUNOS A AO MENOS FOLHEAR, PARA UMA MELHOR ASSIMILAÇÃO A APRESENTAÇÃO E AS AULAS DADAS.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

última aula...


apresentação do restante dos grupos de artes



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Poesia

ALIÁS
Se eu acreditasse na poesia
Talvez um rabisco fosse uma estrada sem curvas
E talvez até houvesse um jardim sob o asfalto


Mas só creio nos aliases... aliás


Se eu mordesse a poesia
E sentisse dela o sabor dos versos mastigados
Se eu cheirasse a poesia
E alucinasse e me drogasse e me jogasse
Sem asas sem pressa sem aliases
Entre um e outro verso
Num espaço que nem há – sim –
O espaço do aliás
Aliás, se há poesia
Só há porque nela não creio
Esse nunca não crer
Esse nunca não querer


Se eu me tornasse poesia
E virasse de repente um verso
Sem reflexo sem avesso sem netos
E fosse uma poesia sem sexo
Sem nenhum aliás... aliás


Só assim a poesia há
Só assim há mim.
Sem mim sem aliás sem fim

Leandro Luz

Van Gogh

Vincent Van Gogh
A biografia, principais pinturas, importantes informações sobre sua vida, impressionismo e pós-impressionismo.

Van Gogh é considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853. Teve uma irmã e um irmão chamado Theo. Com este irmão, estabeleceu uma forte relação de amizade. Através das cartas que trocou com com o irmão, os pesquisadores conseguiram resgatar muitos aspectos da vida e do trabalho do pintor.

Biografia

Começou a atuar profissionalmente ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade de Amsterdã. Mesmo sem terminar o curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses. Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou vários desenhos à lápis.

Resolveu retornar para a cidade de Haia, em 1880, e passou a dedicar um tempo maior à pintura. Após receber uma significativa influência da Escola de Haia, começou a elaborar uma série de trabalhos, utilizando técnicas de jogos de luzes. Neste período, suas telas retratavam a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores na zona rural da Holanda.

O ano de 1886, foi de extrema importância em sua carreira. Foi morar em Paris, com seu irmão. Conheceu, na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do impressionismo. Recebeu uma grande influência destes mestres do impressionismo, como podemos perceber em várias de suas telas

Dois anos após ter chegado à França, parte para a cidade de Arles, ao sul do país. Uma região rica em paisagens rurais, com um cenário bucólico. Foi neste contexto que pintou várias obras com girassóis. Em Arles, fez único quadro que conseguiu vender durante toda sua vida : A Vinha Encarnada.

Convidou Gauguin para morar com ele no sul da França. Este foi o único que aceitou sua idéia de fundar um centro artístico naquela região. No início, a relação entre os dois era tranqüila, porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin retornou para Paris, Vincent entrou em depressão. Em várias ocasiões teve ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo. Foi neste período que chegou a cortar sua orelha.

Seu estado psicológico chegou a refletir em suas obras. Deixou a técnica do pontilhado e passou a pintar com rápidas e pequenas pinceladas. No ano de 1889, sua doença ficou mais grave e teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas

No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.

Principais obras de Van Gogh :

- Os comedores de batatas (1885)
- A italiana
- A vinha encarnada
- A casa amarela (1888)
- Auto-retratos
- Retrato do Dr. Gachet
- Girassóis
- Vista de Arles com Lírios
- Noite Estrelada
- O velho moinho (1888)
- Oliveiras (1889)

Curiosidades da vida de Van Gogh:

- Durante sua vida, Vicent Van Gogh não conseguiu vender nenhuma de suas obras de arte.
- No final do ano de 1888, Van Gogh cortou a orelha direita. Alguns biógrafos da vida do artista afirmam que o ato foi uma espécie de vingança contra sua amante Virginie, depois que Van Gogh descobriu que ela estava apaixonada pelo artista Paul Gauguin. De acordo com esta versão, Van Gogh teria enviado a orelha ensanguentada, dentro de um envelope, para a amante.
Vista de Arles com Lírios

sexta-feira, 28 de maio de 2010

ARTE MODERNA-PINTURA

Tendências:
-Impressionismo
-Expressionismo
-Cubismo
-Abstracionismo
-Surrealismo
-Dadaismo

IMPRESSIONISMO

O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

EXPRESSIONISMO

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930.

CUBISMO

Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era verdade. Em suas telas, a árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não eram a árvore e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as referências exteriores que as identificavam como árvore ou fruta, adquiriam outra substância: eram seres do mundo pictórico e não do mundo natural. Por isso, é correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na fronteira da natureza e da arte.

Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

ABSTRACIONISMO

A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.

SURREALISMO

Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade.

O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico.
Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle.

A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do
instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.

A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja,
qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam
plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do
ser humano: o subconsciente.

O Surrealismo apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se os dadaístas propunham apenas a destruição, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases. Os surrealistas pretendiam, dessa forma, atingir uma outra realidade, situada no plano do subconsciente e do inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, e nesse aspecto eles se aproximam dos românticos, embora sejam muito mais radicais.

DADAÍSMO


Formado em 1916 em Zurique por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.

Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil "cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido, assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.

Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente , firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.

http://www.historiadaarte.com.br/dadaismo.html

sexta-feira, 21 de maio de 2010

TEATRO






O teatro é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos, o espetáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público. Teatro é também o termo usado para o local onde há jogos, espectáculos dramáticos, reuniões, apresentações, etc.

O termo teatro e seus significados

Segundo a Enciclopédia Britannica, a palavra teatro deriva do grego theaomai - olhar com atenção, perceber, contemplar. Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706)
O teatro, mais do que ser um local público onde se vê, é o lugar condensado das ambiguidades e paradoxos, onde as coisas são tomadas em mais de um sentido.
Camargo Robson assim o define (2005:1):

"O vocábulo grego Théatron estabelece o lugar físico do espectador, "lugar onde se vai para ver" e onde, simultaneamente, acontece o drama como seu complemento visto, real e imaginário. Assim, o representado no palco é imaginado de outras formas pela plateia. Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, nos tempos individuais e coletivos que se formam neste espaço".

Jaco Guinsburg (Crítico, ensaísta e professor. O mais importante especialista em teatro russo e ídiche entre nós, semiologista e teórico do teatro. Diretor de coleções e editor de obras indispensáveis sobre teatro pela Editora Perspectiva.) por sua vez, descreve a expressão cênica como formada por uma "tríade básica - atuante, texto e público", sem a qual o teatro não teria existência. Atuantes não são apenas os atores, podendo ser objetos (como no teatro de bonecos) ou outras formas ou funções atuantes (animais ou coisas); o texto, por outro lado, não é apenas o texto escrito ou o falado no palco, pois o teatro não é uma arte literária ou, como afirma Marco de Marinis (1982), no teatro há um texto espetacular. Greimas em seu estudo da narratologia usa o termo actante para definir um dos elementos que desenvolvem a narração (Greimas, A. J. y Courtes, J. (1990). Actante. En: Semiótica. Diccionario razonado de la teoría del lenguaje. Madrid: Gredos).

Aristóteles, ao final de sua Poética, escrita entre 335 e 323 AC, aponta que a tragédia pode ser lida, e, mesmo assim, sem ter o movimento da cena (gestos, etc), sem ser apresentada ao vivo, terá seu efeito sobre o leitor, igualando-se assim a Epopeia na forma lida. Entretanto, por possuir componentes extras, a música e o espetáculo, a Tragédia, segundo Aristóteles, torna-se superior a Epopeia, pois contém "todos os elementos da epopeia" e, além disso, contém o que não é pouco, a melopeia (música) e o espetáculo cênico. Ambos acrescem a intensidade dos prazeres e são próprios da tragédia. (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462a,p. 268.) O teatro também, ainda segundo Aristóteles, além da vantagem de "ter evidência representativa quer na leitura, quer na cena"', possui o poder de síntese, pois nele "resulta mais grato o condensado que o difuso por largo tempo" (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462b,p. 269.)

Natya Shastra - junto com a Poética de Aristóteles é um dos mais antigos textos sobre o teatro, o trabalho do ator, a produção de espetáculo e a dramaturgia clássica da Índia. Seus escritos descrevem a dança e a música clássica da Índia, que são partes fundantes do teatro nesta cultura. Foi escrito provavelmente entre os séculos 200 antes de Cristo e 200 da era cristã. Bharatamuni seria o autor do tratado, Bharata, significa 'ator', Bharatamuni pode ser traduzido como o sábio Bharata (Mota, 2006).

A Origem do Teatro


Existem várias teorias sobre a origem do teatro. Segundo Brockett, nenhuma delas pode ser comprovada, pois existem poucas evidencias e mais especulações.

Antropologistas ao final do século XIX e no início do XX, elaboraram a hipótese de que este teria surgido a partir dos rituais primitivos (History of Theatre. Allyn e Bacon 1995 pg. 1). Outra hipótese seria o surgimento a partir da contação de histórias, ou se desenvolvido a partir de danças, jogos, imitações. Os rituais na história da humanidade começam por volta de 80.000 anos AC.

Aristóteles afirma que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos (canto coral de caráter apaixonado), um hino cantado e dançado em honra a Dioniso, o deus grego da fertilidade e do do vinho. O ditirambo, como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história improvisada cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o primeiro a registrar por escrito ditirambos e dar a eles títulos.

As formas teatrais orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama sânscrito do antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki, Nô e Kyogen têm registros apenas no século XVII DC.

Referências
• Aristóteles. Poética. SP:Abril Cultural, in Os Pensadores pg.241-321. Trad Eudoro de Souza
• Aristóteles. Poética de Aristóteles. Edição Trilingue de Valentin Yebra. Madrid: Paidós, 1992.
• Camargo, Robson (2005). O Espetáculo do Melodrama. ECA/USP 2005, tese de doutorado.
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro

CONTOS




O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total – da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904): o conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Ao escritor de contos dá-se o nome de contista.

Origem

De o livro do mágico (cerca de 4000 a.C.), escrito pelos egípcios, até a Bíblia encontram-se textos com estrutura de contos. No entanto, a autoria deles foi perdida. O primeiro grande contista da História é tido como Luciano de Samosata (125-192). São da mesma época Lucius Apuleius (125-180) e Caio Petrônio.
Do século XIV ao XIX Giovanni Boccaccio (1313-1375) ou (2000-2010) em sua obra Decameron, estabeleceu as bases do que se entende por conto. A época é marcada por contistas célebres, como Geoffrey Chaucer (que publica os Os Contos de Canterbury), Jean de La Fontaine (autor de vários contos infantis, como A cigarra e a formiga) e Charles Perrault, de O Soldadinho de Chumbinho.
No século XIX, destacam-se Honoré de Balzac, Leo Tolstoy, Guy de Maupassant e Mary Shelley.
Na Alemanha, os irmãos Grimm publicam dezenas de contos infantis (muitos recontados dos originais de Perrault), incluindo Branca de Neve e Capuchinho Vermelho ou Chapeuzinho Vermelho, enquanto Washington Irving estabelece-se como o primeiro contista estadunidense relevante.
Contistas famosos em língua portuguesa
Machado de Assis e Aluízio Azevedo destacam-se no panorama brasileiro do conto, abrindo espaço para contistas como Clarice Lispector, Lima Barreto, Otto Lara Resende e Lygia Fagundes Telles. Eça de Queirós, mais conhecido como romancista, é referência em Portugal por seus contos reunidos para publicação em 1902, dois anos após seu falecimento, bem como Branquinho da Fonseca, cuja obra inclui diversas antologias de contos.
Em Moçambique, o conto é um género próspero, como se pode ver pela obra de Mia Couto e pela antologia de Nelson Saúte, "As Mãos dos Pretos".
A figura do contista encontra-se perdida na atualidade, em face da valorização do romance em oposição à prosa curta e à poesia enquanto gêneros literários. Um dos poucos redutos em que sobrevive e, mais do que isso, impera é a ficção científica, suportado pelas importantes contribuições de contistas modernos como Isaac Asimov e Machado de assis que é o princpal contista do brasil.

Fases

Há várias fases do conto. Tais fases nada têm a ver com aquelas estudadas por Vladimir Propp no livro "A morfologia do conto maravilhoso", no qual, para descrever o conto, Propp o "desmonta" e o "classifica" em unidades estruturais – constantes, variantes, sistemas, fontes, funções, assuntos, etc. Além disso, ele fala de uma "primeira fase" (religiosa) e uma "segunda fase" (da história do conto). Aqui, quando falamos em fases, temos a intenção de apenas darmos um "passeio" pela linha evolutiva do gênero.

Fase oral

Logicamente a primeira fase é a "oral", a qual não é impossivel precisar o seu início: o conto se origina num tempo em que nem sequer existia a escrita; as histórias eram narradas oralmente ao redor das fogueiras das habitações dos povos primitivos – geralmente à noite. Por isso o suspense, o fantástico, que o caracterizou.

Fase escrita

A primeira fase escrita é provavelmente aquela em que os egípcios registraram O livro do mágico (cerca de 4000 a.C.). Daí vamos passando pela Bíblia – veja-se como a história de Caim e Abel (2000 a.C.) tem a precisa estrutura de um conto. O antigo e novo testamento trazem muitas outras histórias com a estrutura do conto, como os episódios de José e seus irmãos, de Sansão, de Ruth, de Suzana, de Judith, Salomé; as parábolas: o Bom Samaritano, o Filho Pródigo, a Figueira Estéril, a do Semeador, entre outras.

No século VI a.C. temos a Ilíada e a Odisséia, de Homero e na literatura Hindu há o Pantchatantra (século II a.C?). De um modo geral, Luciano de Samosata (125-192) é considerado o primeiro grande nome da história do conto. Ele escreveu "O cínico", "O asno" etc. Da mesmof época é Lucio Apuleyo (125-180), que escreveu "O asno de ouro". Outro nome importante é o de Caio Petrônio (século I), autor de Satiricon, livro que continua sendo reeditado até hoje. As "Mil e uma Noites" aparecem na Pérsia no século X da era cristã.
A segunda fase escrita começa por volta do século XIV, quando registram-se as primeiras preocupações estéticas. Giovanni Boccaccio (1313-1375) aparece com seu Decameron, que se tornou um clássico e lançou as bases do conto tal como o conhecemos hoje, além de ter influenciado, Charles Perrault, La Fontaine, entre outros. Miguel de Cervantes (1547-1616) escreve as "Novelas Exemplares". Francisco Gómez de Quevedo y Villegas (1580-1645) traz "Os sonhos", satirizando a sociedade da época. Os "Contos da Cantuária", de Chaucer (1340?-1400) são publicados por volta de 1700. Perrault (1628-1703) publica "O barba azul", "O gato de botas", "Cinderela", "O soldadinho de chumbo" etc. Jean de La Fontaine (1621-1695) é o contador de fábulas por excelência: "A cigarra e a formiga", "A tartaruga e a lebre", "Aquelas Bolas Cabeludas", "A raposa e as uvas" etc.
No século XVIII o mestre foi Voltairetaynata (1694-1778). Ele escreveu obras importantes como Zadig e Cândido.
Chegando ao século XIX o conto "decola" através da imprensa escrita, toma força e se moderniza. Washington Irving (1783-1859) é o primeiro contista norte-americano de importância. Os irmãos Grimm (Jacob, 1785-1863 e Wilhelm, 1786-1859) publicam "Branca de Neve", "Rapunzel", "O Gato de Botas", "A Bela Adormecida", "O Pequeno Polegar", "Chapeuzinho Vermelho" etc. Os Grimm recontam contos que já haviam sido contados por Perrault, por exemplo. Eles foram tão importantes para o gênero que André Jolles diz que "o conto só adotou verdadeiramente o sentido de forma literária determinada, no momento em que os irmãos Grimm deram a uma coletânea de narrativas o título de Contos para crianças e famílias", ("O conto" em formas simples).
O século XIX foi pródigo em mestres: Nathaniel Hawthorne (1804-1864), Poe, Maupassant (1850-1893), Flaubert (1821-1880), Leo Tolstoy (1828-1910), Mary Shelley (1797–1851), Tchekhov, Machado de Assis (1839-1908), Conan Doyle (1859-1930), Balzac, Stendhal, Eça de Queirós, Aluízio Azevedo.
Não podemos esquecer de nomes como: Hoffman (um dos pais do conto fantástico, que viria influenciar Poe, Machado de Assis, Álvaro de Azevedo e outros), Sade, Adalbert von Chamisso, Nerval, Gogol, Dickens, Turguenev, Stevenson, Kipling, entre outros.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conto

Minha Vida




LUCIANE FELIX, UMA PESSOA MARAVILHOSA QUE AMAVA VIVER E LEVAVA UMA VIDA INTEIRA DE PEQUENOS E INTENSOS MOMENTOS FELIZES, MAS POR MOTIVOS COMPLETAMENTE DESCONHECIDOS, SE TRANSFORMAMOU EM UM "OBJETO" DE VERDADEIRA AUSÊNCIA E ALIENÇÃO... CHEGANDO AO FUNDO DO POÇO. POÇO ESTE TÃO FUNDO QUE UM
DIA SE ENCHEU DE CORAJEM E SUBIU CENTIMETRO POR CENTIMETRO E AINDA SOBE, A CADA AMANHECER.
HOJE VIVENDO UM DIA DE CADA VEZ, LUTANDO PARA SER "FELIZ” NOVAMENTE E BUSCANDO CADA COISA BONITA QUE ESQUECEU OU DEIXOU LÁ NO PASSADO, BUSCANDO NOVOS CONHECIMENTOS E ENCHENDO A MENTE E O CORAÇÃO DE BOAS ENERGIAS. ESTÁ AQUI, NADA MAIS, NADA MENOS UMA PESOA QUE AMANHÃ OLHARÁ PARA O PASSADO E TIRARÁ MUITOS FRUTOS BONS, MESMOS QUANDO RIA POR FORA E CHORAVA POR DENTRO E QUE FEZ DE UM MOMENTO, UM PENSAMENTO SUÍCIDA... UMA LIÇÃO QUE DEUS DEIXOU COMO PRESENTE, VIVER, VIVER E UM DIA SE TORNAR MUITO MAIS FELIZ DO QUE ERA ANTES.
SEMPRE FELIZ, 37 ANOS E SAINDO DE UMA DEPRESSÃO PROFUNDA, GRAÇAS A MUITOS FAMILIARES, AMIGOS E PESSOAS QUE MAU ME CONHECIAM, MAS QUE ACREDITARAM EM MIM.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Paródia

O que é Paródia?

A Paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas), sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômico, utilizando a ironia. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.

A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria.

Fonte: Wikipédia

Um exemplo de paródia utilizando a música "Primaveira" do Cantor e Compositor brasileiro Tim Maia.

Letra original:

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti

Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)


Paródia:

Quando o inverno chegar
Eu vou querer só curtir
Você pode até duvidar
Mas não vou ficar de DP

Porque sou CDF
Repito, sou CDF
Repito, Professor

Eu quero prova, para estudar
Eu quero prova, pode avaliar
Eu quero prova, para estudar
Professor

Você quer curtir comigo, estuda
Você quer curtir comigo, estuda

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Músicasss, sonssss

Música É
Jair Oliveira

Música somos todos
Música na alma
Música é alma
Música é calma
Música é o momento
Música é argumento
Música é o barulho
Música é silêncio
Música é palavra
Música é pensamento
Música na veia
Música na areia
Música na praia
Música de calça
Música de sunga
Música de saia
Música da hora
Música do minuto
Música do segundo
Música do universo
Música das esferas
Música do mundo
Música é mais que nada
Música é tudo ou nada
Música é mai que tudo
Música de choro
Música de riso
Música de fundo
Música de cá
Música de lá
Música dali
Música é hétero
Música é homo
Música é bi
Música é virgem
Música é promíscua
Música é vício
Música é fim
Música é meio
Música é o início
Música de todos os jeitos
Música com todos defeitos
Música com todas as qualidades,
Com todos os trejeitos
Música somos todos
Música sou eu
Música é você
Música, música.


Postado por Fernanda Rodrigues

Cazuza


CAZUZA
No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade.

O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras.

A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da Aids. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio".

No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar. Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração.

Na definição do dicionário, "cazuza" é um vespídeo solitário, de ferroada dolorosa. Deriva daí, provavelmente, o outro significado que o termo tem no Nordeste: o de moleque. Foi por isso que João Araújo, de ascendência nordestina, certo de que sua mulher Lúcia teria um menino, começou a chamá-lo de Cazuza, mesmo antes de seu nascimento. Batizado como Agenor de Miranda Araújo Neto, desde cedo o menino preferiu o apelido. O nome ele só viria a aceitar mais tarde, ao saber que Cartola, um dos seus compositores prediletos, também se chamava Agenor.

Nascido a 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza foi criado em Ipanema, habituado à praia. Os pais - ele, divulgador da gravadora Odeon; ela, costureira - não eram ricos mas o matricularam numa escola cara, o colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas. Como às vezes tinham que sair à noite, o filho único se apegou à companhia da avó materna, Alice. Quieto e solitário, foi um menino bem-comportado na infância.

Na adolescência, porém, o gênio rebelde do futuro roqueiro se manifestaria. Cazuza terminou o ginásio e o segundo grau a duras penas, e, depois de prestar vestibular para Comunicação, só porque o pai lhe prometera um carro, desistiu do curso em menos de um mês de aula. Já vivia então a boemia no Baixo Leblon e o trinômio sexo, drogas e rock 'n' roll. Que ele amasse Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Rolling Stones, tudo bem. Mas vir a saber que se drogava e que era bissexual, isso, para a supermãe Lucinha, não foi nada fácil. Assim como não foi, para o pai, ter que livrá-lo de prisões e fichas na polícia, por porte e uso de drogas.

João Araújo não queria o filho na vagabundagem e, em 1976, arrumou emprego para ele na gravadora Som Livre, onde já era presidente. Lá, Cazuza trabalhou no departamento artístico, fazendo a primeira triagem de fitas de cantores novos, e na assessoria de imprensa. Depois foi divulgador de artistas na gravadora RGE, e, após sete meses de um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, deu alguns passos como fotógrafo. Mas nada disso o satisfazia.

Graças, contudo, a um outro curso - de teatro, dado pelo ator Perfeito Fortuna (grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone) - Cazuza acharia o seu papel. Não seria representar, mas cantar. É que na montagem da peça "Pára-quedas do coração", conclusão do curso, tudo o que ele fez foi soltar a voz, vindo a gostar muito da experiência. Afinal, música ele já respirava desde criança. Em casa mesmo, se acostumara a conviver com a presença de estrelas da MPB que seu pai produzia. Por que não se tornar também uma delas? Só faltava achar a sua turma.

Roberto Frejat, guitarrista; Dé, baixista; Maurício Barros, teclados; Guto Goffi, baterista. Era 1981 e esses garotos precisavam de um vocalista para completar sua banda. Os ensaios aconteciam na casa de um deles no bairro de Rio Comprido, onde um dia apareceu Cazuza, enviado pelo cantor Léo Jaime. Sua voz, era adequadamente berrada para os rocks de garagem que os quatro faziam, agradou muito. Animado, o novo integrante resolveu então mostrar as letras que, na surdina, vinha fazendo havia tempos. Rapidamente o grupo, que se chamava Barão Vermelho e só tocava covers, começou a compor e aprontou um repertório próprio.

Dos primeiros shows, em pequenos teatros da cidade, ao disco de estréia foi um pulo. No início de 1982 uma fita demo chegou aos ouvidos do produtor Ezequiel Neves, que, entusiasmado, a mostrou a Guto Graça Mello, diretor artístico da Som Livre. Juntos, eles convenceram João Araújo - de início, relutante, na condição de pai do cantor - a lançar a banda. Com uma produção baratíssima, "Barão Vermelho", gravado em dois dias, obteve boa recepção da parte de artistas. Entre estes, um dos maiores ídolos de Cazuza, Caetano Veloso, que incluiu "Todo amor que houver nessa vida" no repertório de seu show e criticou as rádios por não tocarem as músicas do grupo.

"Todo amor que houver nessa vida" (registrada também, mais tarde, por Gal Costa, Caetano Veloso e outros intérpretes) foi um dos destaques de um disco que revelou ainda "Down Em Mim", "Billy Negão" e "Bilhetinho azul". No repertório predominavam rocks básicos, dançantes e juvenis, mas havia também blues, um gênero com o qual Cazuza se identificava desde que descobrira Janis Joplin. Sobre essas músicas o rouco cantor desfilava letras falando despudorada, escancaradamente de amor, prazer e dor. Ao sair o segundo disco, a reiteração dessas qualidades de estilo repercutiu na imprensa. Alguns críticos não tardaram a identificar ali a influência de mestres da dor-de-cotovelo, como Lupicínio Rodrigues, e da fossa, como Dolores Duran e Maysa - o outro lado da formação musical de Cazuza.

Bem melhor gravado, "Barão Vermelho 2" foi lançado em julho de 1983. O álbum ainda não seria um sucesso comercial (vendeu cerca de 15 mil cópias, quase o dobro do primeiro), mas manteve o alto nível do repertório anterior, e arregimentou um público maior para a banda com músicas como "Vem Comigo (Cifrada)", "Carne de pescoço", "Carente profissional" e "Pro dia nascer feliz". Esta última consolidaria a dupla Frejat-Cazuza, tornando-se um grande sucesso no registro feito por Ney Matogrosso, a primeira estrela da MPB a gravá-los. A escalada do grupo nas paradas, contudo, estava prestes a acontecer.

Se com "Bete Balanço", filme de Lael Rodrigues, o rock brasileiro dos anos 80 chegou às telas de cinema, com a música-título, feita de encomenda para a trilha, o Barão Vermelho chegou ao grande público. Registrada num compacto do início de 1984, a canção estourou, virando um marco no trajeto da banda, que também contracenava no filme. A música acabou incluída no terceiro LP, lançado em setembro daquele ano, para ajudar a sua comercialização. O que talvez nem tivesse sido necessário, pois "Maior Abandonado (Cifrada)", impulsionado pela faixa homônima, atingiu em dois meses a marca das 60 mil cópias vendidas, e em seis, das 100 mil.

"Raspas e restos me interessam (...) Mentiras sinceras me interessam", em "Maior Abandonado"; "Você tem exatamente três mil horas/ Pra parar de me beijar (...) Você tem exatamente um segundo/ Pra aprender a me amar", em "Por que a gente é assim?"; "A fome está em toda parte/ Mas a gente come/ Levando a vida na arte", em "Milagres". Com achados como esses, presentes no novo álbum, Cazuza foi ganhando fama de poeta do rock brasileiro. Com muita energia, ele foi superando suas limitações como cantor. Suas atitudes irreverentes e declarações espalhafatosas, fizeram com que aparecesse cada vez mais como artista e personalidade. A princípio, tudo isso só contribuía para chamar a atenção para o grupo todo. Mas...

Com o sucesso, e , conseqüentemente, com a maior exigência de profissionalismo, as diferenças se ressaltaram. O temperamento irriquieto de Cazuza pouco se adequava a uma agenda cada vez mais sobrecarregada de ensaios e entrevistas. Os desentendimentos foram crescendo. Em janeiro de 1985, o Barão fez uma bem-sucedida participação no festival Rock 'n Rio, abrindo shows para grandes atrações do rock internacional. A continuidade do sucesso, porém, não conseguiu evitar a separação do grupo. Em julho, quando o material para o próximo disco já estava selecionado, a notícia chegou aos jornais: enquanto os outros seguiriam com a banda, sua estrela partiria para uma brilhante carreira solo.

Poucos dias depois, Cazuza voltava a ser notícia. Tinha sido internado num hospital do Rio com 42 graus de febre. Diagnóstico: infecção bacteriana. O resultado do teste HIV, que ele exigiu fazer, dera negativo. Mas naquela época os exames ainda não eram muito precisos.

Gravado com outros músicos, o álbum "Cazuza" apresentou uma sonoridade mais limpa que a do Barão. Lançado em novembro de 1985, o disco inaugurou a fase individual do cantor e uma série de parcerias. Entre os co-autores das músicas figuraram dois antigos colaboradores: Frejat, que continuou parceiro e amigo de Cazuza, e Ezequiel Neves, outro velho e grande amigo, co-produtor, desde os tempos do Barão, de todos os seus discos.

Cazuza assinou os maiores hits do novo álbum: em parceria com Ezequiel e Leoni, o rock "Exagerado", emblemático da sua persona romantico-poética, e a balada "Codinome Beija-Flor", com Ezequiel e Reinaldo Arias. Mais dois rocks ficaram notórios. "Medieval II" fixou nas rádios seu auto-irônico refrão ("Será que eu sou medieval?/ Baby, eu me acho um cara tão atual/ Na moda da nova Idade Média/ Na mídia da novidade média"). E "Só As Mães São Felizes", que teve sua execução pública proibida pela censura. Escandalosa ("Você nunca sonhou ser currada por animais? (...) Nem quis comer sua mãe?"), a letra homenageou artistas malditos, como o escritor beat Jack Kerouac, citado no verso-título.

Importante referência literária de Cazuza, ao lado de Clarice Lispector (cujo "A descoberta do mundo" tornou seu livro de cabeceira), Kerouac também teve um poema transcrito na contracapa do disco seguinte. Lançado em março de 1987, "Só se For a Dois" foi o primeiro álbum de Cazuza fora da Som Livre, que resolvera dissolver o seu cast. Disputado por várias gravadoras, ele se transferiu para a Polygram, a conselho do pai. A essa altura, apesar da imagem de artista "louco", sua postura profissional já era outra. O rompimento com o Barão, junto com a liberdade artística que almejara, trouxera também a exigência de mais seriedade.

"Só se For a Dois" acrescentou novos sucessos à sua carreira, a começar pela canção-título, mas a música que estourou mesmo foi o pop-rock "O nosso amor a gente inventa (estória romântica)". Em seguida ao lançamento, uma turnê nacional mostrou um show mais elaborado que os anteriores, em termos de cenário e iluminação. Cazuza se aprimorava e decolava: seus espetáculos lotavam, suas músicas tocavam e a crítica elogiava seu trabalho.

A essa época, contudo, ele já sabia que estava com Aids. Antes de estrear o show "Só se For a Dois", tinha adoecido e feito um novo exame. A confirmação da presença do vírus iria transformar sua vida e sua carreira.

Em outubro de 1987, após uma internação numa clínica do Rio, Cazuza foi levado pelos pais para Boston, nos Estados Unidos. Lá, passou quase dois meses críticos, submetendo-se a um tratamento com AZT. Ao voltar, gravou "Ideologia" no início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística. O disco vendeu meio milhão de cópias. Na contracapa, mostrou um Cazuza mais magro por causa da doença, com um lenço disfarçando a perda de cabelo em função dos remédios. No seu conteúdo, um conjunto denso de canções expressou o processo de maturação do artista.

"O meu prazer agora é risco de vida/ Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll", confessava ele, em "Ideologia". E: "Eu vi a cara da morte/ E ela estava viva", em "Boas Novas". Rico e diverso, o repertório trouxe ainda um blues, o "Blues da Piedade", uma canção "meio bossa nova e rock 'n' roll", "Faz Parte Do Meu Show", grande sucesso, e o rock-sambão "Brasil", que faria um sucesso ainda maior com Gal Costa. Tema de abertura da novela "Vale tudo", da Rede Globo, "Brasil" fez um comentário social forte sobre o país, com versos como "meu cartão de crédito é uma navalha". No disco, a temática social apareceu também em "Um Trem Para as Estrelas", feita com Gilberto Gil para o filme homônimo de Carlos Diegues.

Ainda em 1988 Cazuza recebeu o Prêmio Sharp de Música como "melhor cantor pop-rock" e "melhor música pop-rock", com "Preciso Dizer Que Te Amo", composta com Dé e Bebel Gilberto, e lançada por Marina. E apresentou no segundo semestre seu espetáculo mais profissional e bem-sucedido, "Ideologia". Dirigido por Ney Matogrosso, Cazuza buscou valorizar o texto no show, pontuado pela palavra "Vida Fácil". Substituiu a catarse das performances anteriores por uma postura mais contida no palco. Tal contenção, porém, não o impediu de exprimir sua verve agressiva e escandalosa num episódio que causou polêmica. Cantando no Canecão, no Rio, cuspiu na bandeira nacional que lhe fora atirada por uma fã.

O show viajou o Brasil de norte a sul, virou programa especial da Globo e disco. Lançado no início de 1989, "Cazuza ao vivo - o tempo não pára" chegou ao índice de 560 mil cópias vendidas. Reunindo os maiores sucessos do artista, trouxe também duas músicas novas que estouraram: "Vida Louca Vida", de Lobão e Bernardo Vilhena, e "O Tempo Não Pára", de Cazuza e Arnaldo Brandão. Esta - título do trabalho - condensou, numa das letras mais expressivas de Cazuza, a sua condição individual, de quem lutava para se manter vivo, com a do povo brasileiro.

Foi pouco depois do lançamento do álbum que ele reconheceu publicamente que estava com Aids, sendo a primeira personalidade brasileira a fazê-lo. Era então notória -e notável - a sua afirmação de vida. À medida que seu estado piorava, ao contrário de se deixar esmorecer ante a perspectiva do inevitável, Cazuza, ciente do pouco tempo que lhe restava, passou a trabalhar o mais que podia. Entrou num processo compulsivo de composição e gravou, de fevereiro a junho de 1989, numa cadeira de rodas, o álbum duplo "Burguesia", que seria seu derradeiro registro discográfico em vida.

O trabalho seguiu um conceito dual - num dos discos, de embalagem azul, prevalecia o gênero rock; no outro, de capa amarela, MPB. Entre as suas últimas novidades, com a voz nitidamente enfraquecida, Cazuza apresentou clássicos de outros autores (como Antonio Maria, Caetano Veloso e Rita Lee) e duas músicas feitas com novas parceiras, Rita Lee e Ângela Rô Rô. A canção-título, com uma letra extensa atacando os valores da classe burguesa, chegou a ser tocada nas rádios, mas o álbum não obteve sucesso comercial e foi recebido discretamente pela crítica.

Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu estado já era muito delicado e, àquela altura, não havia muito mais o que fazer. Foi assim que ele morreu, pouco depois - a 7 de julho de 1990. O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sua sepultura está localizada próxima às de astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes.


sábado, 10 de abril de 2010

Música

Música É
Jair Oliveira

Música somos todos
Música na alma
Música é alma
Música é calma
Música é o momento
Música é argumento
Música é o barulho
Música é silêncio
Música é palavra
Música é pensamento
Música na veia
Música na areia
Música na praia
Música de calça
Música de sunga
Música de saia
Música da hora
Música do minuto
Música do segundo
Música do universo
Música das esferas
Música do mundo
Música é mais que nada
Música é tudo ou nada
Música é mai que tudo
Música de choro
Música de riso
Música de fundo
Música de cá
Música de lá
Música dali
Música é hétero
Música é homo
Música é bi
Música é virgem
Música é promíscua
Música é vício
Música é fim
Música é meio
Música é o início
Música de todos os jeitos
Música com todos defeitos
Música com todas as qualidades,
Com todos os trejeitos
Música somos todos
Música sou eu
Música é você
Música, música.


Postado por Fernanda Rodrigues

quarta-feira, 31 de março de 2010

O QUE NOS TOCA NA ARTE?


O que nos toca na Arte é o envolvimento de cada um, é a identificação pela trama, pela história, o prazer (se é gostoso de ler àquele livro, se é gostoso assistir àquele filme ou peça, se é gostoso escutar àquela poesia ou música).

“A arte nos dá a dimensão da inteligência humana e nos envolve, nos eleva, nos transporta para um mundo de sonho e magia.”

“Todo artista molha seu pincel em sua própria alma, e pinta sua própria essência em seus quadros.”
Ivani Zanolla da Camara

Esta imagem postada no blog mostra a forma como o artista representa seus sentimentos possivelmente com relação à religião adotada por ele ou apenas representativa. Através desta imagem o artista transgride seu sentimento em forma de vitral.

Postado por:
Emerson E. Araujo

quarta-feira, 24 de março de 2010

Qual a mensagem transmitida pelo filme "Abril Despedaçado"


O filme “Abril Despedaçado”, de Walter Salles traz a reflexão de temas como honra, família, vingança, disputa de terra entre famílias vizinhas (ou não).

Durante a trama percebemos a vida que leva a família Breves com seus dois filhos, (Tonho 20 anos, e Menino mais jovem na fase pré-adolescente). Esta família vive por muitos anos uma rixa pelo poder de terras contra a família Ferreira e esta disputa leva ao acordo de morte de seus filhos, sempre que a camisa manchada de sangue de um torna-se amarelada o outro tem o direito de vingar-se.

Vimos através desta disputa que a vida da família Breves torna-se sempre a mesma, sem diferença, monótona, a rotina é visível até pelos bois que mesmo sem ter que movimentar o moinho o fazem.

Os irmãos percebem que esta disputa não levará a família para lugar algum, a própria venda da rapadura não está mais alimentando a família e começam a querer mudar, quebrar estes paradigmas. Um dia viajantes que representam o circo passam pelas terras da família Breves e presenteiam o garoto com um livro e mesmo sem saber ler começa a acreditar em suas fábulas e a imaginar cenas que o fazem ver a vida com outros “olhos”. Os irmãos visitam o circo e maravilham-se ainda mais com a possibilidade de mudança.

Chega o dia em que um representante da família Ferreira vem vingar a morte de seu irmão e procura por Tonho, mas é o garoto, que está disfarçado com o chapéu e a tarja preta de seu irmão mais velho que acaba morrendo em seu lugar.

Percebemos neste momento que o garoto decide de vez mudar o rumo de sua vida, para ele não é mais interessante viver na mesmice sem almejar nada para o futuro, decide morrer, decide mudar.

O irmão mais velho vê a cena de seu irmão morto e decide também trilhar outros rumos, larga a família e segue novos passos.

Traçando um paralelo para a vida cotidiana percebemos muitas pessoas fazendo o mesmo de suas vidas e outras não. Não é difícil vermos pessoas mudando completamente o rumo de suas vidas almejando a felicidade nem que para isso comecem do zero. Outras pessoas preferem continuar na mesmice e ver sua vida passar, acabar sem emoção.

Emerson Araujo

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Arte pode representar o que você quiser que ela represente...


O que nos toca na arte?

Será o envolvimento a identificação por ela, a trama, a história.

Para cada um de nós a arte apresenta uma sensação diferente e não poderia ser de outra forma pois as pessoa não são iguais e veem, sentem e imaginam sensações na arte de formas diferentes.

A arte não tem nehuma obrigação, a distinção da arte é a beleza, a qualidade que se encontra em um objeto que produz em nossa mente um tipo especial de excitação, uma excitação que está ligada diretamente a uma nova descoberta.

A arte proporciona que o homem se sinta mais do que ele mesmo o é. Através da arte o homem pode representar o que ele mais ou menos deseja ou imagina, ou seja, é pela arte que as pessoas vivem ou sentem o que querem viver ou sentir.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Modalidade Artística

Artista: Renanto Russo
Filme: A vida é Bela
Música: Como nossos pais
Livro: O Alpinita
Espáculo: Circo de Soleil

Essa lista foi criada na no 1º dia de aula conforme solicitação do Profº.
Não foi fácil, pois cada um tinha sua preferência, a modalidade escolhida pelo grupo em comum
acordo foi o Cinema, pois todos apreciamos essa Arte.

Vamos apreciar uma modalidade atística como a música que fez muito suceso na voz de Elis Regina Como os nossos pais cantada por seu filho Pedro Camargo Mariano.

O que é Arte?

A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais).